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Os Homenageados - Flipoços 2025
Homenagens 2025
O Flipoços 2025 – 20 anos, orgulhosamente apresenta os homenageados da edição comemorativa.
Patronesse | Mary Del Priore
Escritor Sulfuroso | Stelio Marras
País | Portugal – relembrando a história do Festival com Portugal
Academia Mineira de Letras – Minas, os Autores Mineiros e suas Literaturas
Personalidade Literária | Antonio Candido de Mello e Souza
Mary Del Priore


Stelio Marras
País Portugal
Portugal, é um país no sul da Europa, localizado na Península Ibérica, que faz fronteira com a Espanha. Sua localização às margens do Oceano Atlântico influenciou muitos aspectos da cultura do país: o bacalhau salgado e as sardinhas assadas são pratos típicos nacionais, as praias do Algarve são destinos muito procurados e boa parte da arquitetura do país data dos séculos XVI a XIX, quando Portugal era um poderoso império marítimo.
Portugal está sendo homenageada nesta edição do Flipoços pelo País ser a segunda Pátria da curadora, mas sobretudo, por estar ligado visceralmente à identidade do Festival mineiro.


Academia Mineira de Letras
Antonio Candido
Antonio Candido, autor de obras que combinam a interpretação de literatura e sociedade por meio de um método de estudo por ele nomeado como crítica integradora. Um método histórico e literário que permite estudar como o texto literário recria e expõe a realidade social nas tintas e no papel da ficção, com o objetivo de compreender como o contexto foi transformado e reduzido estruturalmente no texto, necessitando, portanto, de análise e interpretação pela crítica literária e pelo pensamento social. Ingressou na USP em 1939 como estudante de Ciências Sociais e Política. Mais tarde, faria carreira na instituição, como assistente e professor da cadeira de Sociologia e, depois, professor de Teoria Literária e Literatura Comparada. Atuou na cultura como um dos criadores da Revista Clima (1941-1944), e na política como fundador dos Partidos Socialista (1947) e dos Trabalhadores (1980).
Embora a crítica integradora seja histórica e literária, a literatura possui a primazia do conhecimento da realidade, pois representa ela mesma a história. Para Candido, importa o estudo da literatura em si, isto é, o modo como o texto recriou a realidade esteticamente, um fenômeno conhecido como “redução formal” ou “estrutural” dos dados sociais externos. Não interessa a interface do texto com a sociedade, mas como esta foi transformada em texto, devido ao processo de redução. É um complexo método dialético, que Candido ousou assim explicar: “A minha fórmula é a seguinte: estou interessado em saber como o externo se transformou em interno, como aquilo que é carne de vaca vira croquete. O croquete não é vaca, mas sem a vaca o croquete não existe. Mas o croquete não tem nada a ver com a vaca, só a carne. Mas o externo se transformou em algo que é interno. Aí tenho que estudar o croquete, dizer de onde ele veio” (Entrevista ao jornal Brasil de Fato, 30/06/2011 – 06/07/2011, p. 4).
Antonio Candido de Mello e Souza era um apaixonado por Poços de Caldas e nutria pelo Flipoços um grande carinho.
